segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Lésbica Bigoduda Procura-se


Eu sempre defendi o movimento feminista e me declarei assumidamente feminista, mas é preciso reconhecer ou esclarecer q não, não queremos ser homens, nem ser como os homens, e há q se marcar e respeitar as diferenças... Estabelecer a igualdade dos direitos - q antes eram abismais as diferenças - não significa q se queira aniquilar ainda mais o feminino no mundo. E é impossível não reconhecer o quanto as mulheres q se auto-intitulam feministas estão desconectadas do feminino essencial, completamente perdidas nos labirintos das muitas lutas e ativismos possíveis... ativismo diga-se de passagem, impregnado do masculino dos calos nos pés até o corte de cabelo... Quase toda a atividade politica está impregnada do masculino e justamente do pior do masculino... Assim as feministas durante décadas e ainda hj tbm estiveram masculinizadas para preencher os requisitos e as cotas, e chamadas "lésbicas bigodudas mal amadas" entre outras coisas simpáticas e criativas para claro, tentar impedir q as meninas sequer se aproximassem das porrra-loucas "lésbicas bigodudas mal amadas"... Ficou dai o estigma de q toda mulher q defende o feminino, seja em bases feministas tradicionais seja em novas e diversificadas frentes, é lésbica e mal amada, e claro, pouco ou nada vaidosa... E não só as pessoas fora da política e ativismos feministas mas como (tô bege!!!) as próprias q-tais... TCSS TCSS... ai meu saquinho!!!

Meninas feministas e arredores é preciso pensar com a própria buceta agora camaradas, deixar de repetir aleatoriamente os pregões do costume e se ligar, por dentro, em qual Feminino vc está defendendo afinal, pq defender patriarcalmente o feminino patriarcal, mantendo e até fortalecendo o sistema q baniu a VERDADEIRA MULHER é contraproducente pra vc mesma e apenas reforça os preconceitos todos... É tão simples, basta ir ao cerne da questão de quais são realmente os problemas do modelo social vigente, e perceber como e quando o mundo se tornou patriarcal, isso não está impresso nos manuais do partido nem nos fanzines distribuidos nos submundos dos ativismos periféricos... é uma viagem pra dentro e buscando novos caminhos... Não precisamos dos estereotipos medonhos nem dos preconceitos enlatados, e já agora, obrigada pela atenção... Beijinhos de baunilha...

Algumas pistas da MULHER ANCESTRAL no blog da Rosa essa semana...

Que pena viver num mundo de pessoas q só validam as mulheres pelas suas ligações afetivo-sexuais com um homem, ou com algum substituto disso socialmente aceite... Que pobreza!!!
Q pena haver tanta gente q ainda confunda o Feminino Sagrado com questões sexuais ou de gênero, qdo falamos de mudança de paradigmas e modelos sociais... Mas mainha, não há nada a fazer... deixa andar... deixa q digam q pensem q falem, deixa isso pra lá... "Eu só quero saber quem tem sede*?" kkkkkkkkkkkkkk

* brincando com a frase da canção q dizia "quem tem seda?" (pra enrolar um baseado...) Eu não fumo, nem baseado mas tbm tô cagando e andando...

domingo, 4 de outubro de 2009

Prisão de fel para Polanski


O diretor Roman Polanski, de 76 anos, foi preso no sábado (26), na Suíça. Ele estava a caminho do Festival de Cinema de Zurique, para receber um prêmio.
O motivo foi um mandato emitido há 31 anos pelos Estados Unidos. Na época, Polanski teria admitido que mantinha relações sexuais com uma garota de 13 anos mas fugiu para a França antes de receber a sentença. Se condenado, o diretor pode passar o resto da vida preso.
Roman Polanski iniciou a carreira cinematográfica com o filme "A Faca na Água", em 1962. Foi responsável também por produções renomadas como "O Bebê de Rosemary", "Chinatown" e o premiado "O Pianista".

Aqui

Lamentável artistas protestando contra a prisão do "coitadinho"... o cara passa a vida fugindo da justiça e todo mundo aplaudindo...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Já comprou seu kit de sobrevivencia ao fim do mundo?

Daqui a pouco eu venho comentar, assim q o meu acessor para assuntos epidêmicos me trouxer o relatório off-icial para essa questão, diretamente dos ficheiros secretos da industria farmacêutica mundial... yes! eu tenho um informante infiltrado no alto escalão... o caso é q o mocinho só fala húngar e japonês... kkkkkkkkkkkkk... comunicação não é problema... nós sabemos desenhar... kkkkkkkkkkkkkkkkk... eu sei q o assunto é sério, mas brincar tbm é...

domingo, 13 de setembro de 2009

Morrer de Medo!!!


(Essa matéria tem quase 365 dias q foi ao ar no Mundo Gump: 18/9/08)
É uma coisa meio estranha isso, mas ao que parece, o governo dos EUA está se preparando para algum tipo de cataclisma de proporções Bíblicas. A FEMA, (Agência Federal de Gerenciamento de Emergências) preparou um lote de 500.000 caixões e os estocou no estado da Georgia, perto de Atlanta. Aqui Dá pra ver de satélite (ao que parece as fotos estão desatualizadas. Dizem que agora já é o quádruplo disso ai) tamanha a quantidade de caixões.
E o que é mais estranho, cada urna funerária cabe pelo menos três pessoas adultas.
fonte
O povo já se alarmou na hora esperando um outro 11 de setembro ou alguma coisa ainda pior! Pode ser teoria da conspiração e tudo mas que é no mínimo estranho, isso é.


Vejam isso:



Some a este video um outro que alega que os EUA estão secretamente financiando construções suspeitas de serem potenciais campos de concentração. Varias dessas estruturas enormes lacradas foram descobertas pelos EUA. São instalações de segurança maxima construídas com verba da FEMA. Quando questionado, o governo se nega a declarar qualquer coisa sobre as estruturas. Curiosamente, essas estruturas são construídas em locais distantes das grandes cidades. Cada um desses “centros” ou “campos de concentração” como foram apelidados, tem espaço para 40 mil pessoas. Para piorar ainda mais, cada um desses “centros” tem um perímetro de segurança em sua volta. Ou seja, as pessoas das localidades só podem observar à distância. É o mesmo projeto em todos os lugares.



Muito estranho… Teria a ver com uma guerra em potencial com a Rússia em função daquela rusga com o reconhecimento da Georgia? Será isso uma manobra engenhosa para disseminar um “medo” na população e colocar na presidência o – herói de guerra -John McCain?
Preparação para a derradeira noite dos zumbis? Os EUA sabem e estão se preparando para um ataque nuclear?
Mistério…

Blogado de: http://mundogump.com.br/o-misterio-dos-caixoes-na-georgia

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Do outro lado do crime


Ainda não digeri bem... mas ontem sonhei com a minha grande paixão, meu cavaleiro andante... e bisbilhotando no google, achei uma noticia sobre o irmão dele, preso, por ter tentado assassinar a ex-namorada com 3 tiros, 2 na cabeça e um no torax, os outros dois tiros não acertaram na menina... Ele atirou pra matar mesmo... por sorte, não era mesmo o dia dela morrer, uma semana depois ela já teve alta do hospital, praticamente ilesa, mesmo tendo ficado com uma bala alojada no cérebro... apenas teve uma perda leve nos movimentos da mão esquerda... Claro, psicologicamente ficou abaladíssima... fugiu, está a monte, incerta numa cidadezinha do interior... assim q ele foi libertado, após o prazo máximo para a prisão preventiva. Eu só conseguia pensar na mãe dele... Ah, dona Zezé, vc não merecia passar por isso né linda... que triste, criar um filho pra depois dar nisso... ver essas fotos no jornal, o nome da família... que dó gente... Dona Zezé tem 5 filhos, cada um mais lindo q o outro... ai dona Zezé... kkkkkkkkkkkkk... e uma paciência com as namoradas e arredores... kkkkkkkkkkkkk... o marido dela se lembrou de morrer num dia de natal, inesperadamente por causa de um aneurisma... aliás, o advogado usa esse fato para tentar atenuar a situação do rapaz, q já esteve internado com transtornos mentais devido a uma depressão profunda, um trauma com amorte repentina e precoce do pai, militar... não conheço pessoalmente esse irmão da minha paixãozinha... por telefone, foi o único q uma vez foi ríspido comigo, mas isso não é significativo de nada... fico imaginando o pesar q é na família ter uma pessoa assim descontrolada, preso por tentativa de homicidio, q vai a juri popular brevemente...
mas penso tbm na menina, ela sim, foragida... escondida algures... com pânico e depressão... sem conseguir ter uma vida normal, terminar a faculdade, trabalhar, amar de novo... o crime ocorreu dentro da faculdade onde ela estudava... ja vinha sendo ameaçada a 6 meses, mas nunca pensou num desfecho desses... por "amor "... ele nem sabe explicar direito o q aconteceu pq estava sob efeito de remédios tarja preta... na foto do jornal, na imagem da tv, um bandido... e duas familias dilaceradas...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Bateu, levou 5 anos!!! Bem Feito!!!

A Lealdade Feminina tem o orgulho de trazer essa notícia: como mostramos a Rhiana ferida, agora mostramos tbm o réu cagado...
eu sei q essa palavra é péssima, mas não achei outra...




Chris Brown foi condenado, nesta terça-feira, a cinco anos de liberdade condicional por um tribunal de Los Angeles, por agressão a Rihanna. O cantor de R&B terá ainda de se manter afastado da ex-namorada e cumprir serviços comunitários.

O tribunal decretou que Chris Brown vai ter de participar em aulas de prevenção de violência contra as mulheres. Quanto ao serviço comunitário, o cantor terá de cumprir 180 dias, supervisionados pelo chefe de polícia de Richmond, no estado da Virginia.

Brown já se tinha declarado culpado da agressão à ex-namorada, numa tentativa de evitar a cadeia. O cantor foi detido a 9 de Fevereiro, na véspera da noite dos Grammy, depois de agredir Rihanna, na altura sua namorada. Recentemente, o artista lançou um vídeo no YouTube onde se dizia arrependido da sua atitude.

NE: provavelmente seguindo orientação do advogado pra tentar reduzir o tempo no xadrez...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Deus me LIVRE...


Aproveitando a carona da Tertulia Virtual vamos falar sobre o medo de ser LIVRE q algumas mulheres tem (homens tbm, contas feitas...) e q as leva a viver e morrer, literalmente, na suposta prisão matrimonial... Esse blog q nasceu com uma missão ternurenta de expor minhas crônicas sobre a vida como mãe ilegal, isto é, mãe imigrante ilegal... passou a ser um canal de purgatorio existencial, onde exponho vez por outra as mazelas ilegais q afetam milhoes de mulheres por esse fim de mundo... as informações q aleatoriamente vão surgindo por aqui, remeteram muitas vezes para ambientes domésticos, como raiz de muitos males... e é mesmo ao q parece, em casa de quem casa, q começa um lastimavel rastilho de histórias infelizes... ao q parece é mesmo na violência doméstica q nasce a violência social... e vamos or ai afora, mais uma vez tentando entender pq isso acontece assim... e onde poderemos alterar essa estrutura e mudar o final infeliz de tantas "princesas"... argh, odeio q me chamem de princesa... prefiro antes RAINHA... mas afinal, pq as meninas querem tanto se casar, mesmo já sabendo q isso não vai prestar, e os meninos tbm, afinal, elas se casam com eles... pq mesmo hein?
Ah, pq existe uma pressão social para q só sejamos felizes para sempre se tivermos um casalinho hetero e monogâmico, de preferencia endividado no banco por uns 20, 30 ou 50 anos...
Pelo fim da ditadura do amor romântico, heteronormativo e monogâmico (fonte de toda hipocrisia que vivemos...) vamos fazer uma série aqui dismitificando pra sempre essa historinha ra boi dormir e enfim, ser FELIZES SOZINHAS E LIVRES para sempre!!!

Começamos com um testo doMaçãs Podres sobre o motivo q impulsiona as meninas para o abismo nupcial...
“O desejo inconsciente dos cuidados de outrem – é a força motriz que ainda mantém as mulheres agrilhoadas. Denominei-a “Complexo de Cinderela”, uma rede de atitudes e temores profundamente reprimidos que retém as mulheres numa espécie de penumbra e impede-as de utilizarem plenamente seus intelectos e criatividade. Como Cinderela, as mulheres de hoje ainda esperam por algo externo que venha transformar suas vidas.” (Collete Dowling)

Como foi observado por Simone de Beauvoir existem mulheres que se posicionam como submissas para “evitar a tensão envolvida na construção de uma existência autêntica.” Permanecer nessa posição de submissão sendo boa companheira, boa mãe e dona de casa (de preferência sustentada), traz uma tranqüilidade que a LUTA POR SI MESMA não traria.
O medo de enfrentar o mundo sozinha gera uma tensão emocional e uma ansiedade asfixiante de ser aceita, estes sentimentos envolvem as mulheres, fazendo-as recuar da luta. É evidente que é muito mais fácil recuar do que encarar um problema que foi enfiado em nossa goela. E hoje se encontra enraizado dentro de nós mulheres por comodidade tbm. A princípio o que foi imposição de ser protegida por um homem e dependente dele em todos os âmbitos, tornou-se um comportamento natural e “cômodo” (não precisamos pensar, não precisamos nos responsabilizar por nós mesmas e nem lutar, pois aparentemente está tudo bem).
Estar “tudo bem” não gera tensão...
Gerar tensão indica que há um conflito entre as necessidades internas e as imposições externas, essa comodidade é que vai frear a tensão e a ansiedade. Afinal, quando nos confrontamos com o externo nos tornamos “doentes psíquicos”, uma “anomalia” para a sociedade. Como qualquer doença os sintomas se manifestam e os medicamentos veem para “curar” a tal “anomalia”. Se os sintomas permanecerem, inicia-se a repressão. Esta repressão se traduz em falsa preocupação, pois o que a sociedade, a família, os amigos, a religião, o Estado e a medicina dizem ser “preocupação com a nossa felicidade e bem-estar físico”, na verdade é traçar o nosso destino baseado no padrão moral da antiga família, com intenções econômicas de sustentação do sistema vigente.
A imposição do papel social feminino é de se tornarem mães, esposas, donas de casa, sonhando com a proteção de uma falsa liberdade e, intrínseco neste projeto, o amor cumpre um papel de aprisionar as mulheres. Eis as flores que cobrem a camisa de força!
Como diz Reich: “As catástrofes dos tempos mostraram-nos que o povo ensinado a ser cegamente fiel em qualquer sistema se privará da sua própria liberdade; matará o que lhe dá liberdade, e fugirá com o ditador”.
E qual a prescrição médica para tal doença?
Não se iludam mulheres, a única prescrição que temos está em nós mesmas. Somos as únicas médicas capazes de diagnosticar e sanar essa doença. Este é o único caso útil de auto-medicação. Ou então se delicie vivendo dentro de um hospital onde a camisa de força é coberta por flores, pois é muito mais fácil vender a nossa independência do que ser senhora de si mesma.
Como Maçãs Podres, nosso objetivo é eliminar o impulso (força motriz) que alimenta o Complexo de Cinderela e nos coloca numa completa dependência do outro. Nós estamos dispostas a quebrar os grilhões e dissipar a cegueira. As experiências emocionais que nos esperam são poderosas, mas para aquelas que realmente abandonam os ‘scripts’ sociais, em troca, recebem a verdadeira liberdade. Inicialmente a luta contra o Complexo de Cinderela é conseqüentemente a luta contra nós mesmas!

Texto: Élida R. Pereira.
Colaboração: Ana Clara, Cathiara e Patrick Monteiro.





Não alimente esse bicho papão por favor...

...

terça-feira, 14 de julho de 2009

domingo, 5 de julho de 2009

Luizas de todo mundo: gritem a todo pulmão!!!


"Oi Luisa,

Será que você lembra de mim? Sou filho da dona Fany, do Bom Retiro. Provavelmente você lembra, mas talvez por desgosto tenha removido aquela absurda tarde da memória. Só me permito lembrar – lavando estes panos sujos assim tão publicamente – porque o mundo é cheio de Luisas. Porque já se passaram 32 anos e porque, lamentavelmente, o que aconteceu entre nós não é tão incomum.

Quantos anos você tinha? Vinte, trinta? De onde você era? Quem você era? Só sei que você era empregada de casa, que teus seios eram fartos e que eu tinha 14 anos. Você era tímida e já trabalhava em casa há algumas semanas quando a Sheilinha, uma colega de classe, me disse que você já tinha trabalhado na casa da família dela e que você “dava para um motorista de táxi”.

A idéia de que você “dava” não saiu da minha cabeça, e você começou a estrelar obsessivamente todas as minhas punhetas. De tarde eu ficava rondando pela área de serviço enquanto você lavava a roupa. Era um tesão incontrolável, aflito, desesperado e covarde.

Eu nunca gostei daquele bosta do Adalberto e não me perdôo por tê-lo envolvido nessa história. Até hoje, nas poucas reuniões da turma do colégio Renascença, eu o evito. Mas ele era maior e mais corajoso, e eu recorri a ele. Sinto muito remorso, Luisa, pelo que fizemos."

Trecho de um texto do Henrique Goldman
na sua coluna da Revista Trip, cuja apresentação é a seguinte:

Carta aberta para Luisa
Nosso colunista pede desculpas públicas à empregada da família com quem transou, contra a vontade dela, quando tinha 14 anos



http://revistatrip.uol.com.br/revista/170/colunas/carta-aberta-para-luisa.html

Com isso inicia-se e espero bem que sim uma grande polêmica acerca dos infinitos casos de abusos sexuais dos patrões e demais machos contra as empregadas domésticas.

Deve ser influência do tal Plutão... não saberemos se essa Luiza é ou não real, mas com certeza existem muitas Marias, Rosas, Anas e por ai afora que foram vítimas desse tipo de abuso... e não só no Brasil, mas em qqr lugar onde há patrões e filhos brancos* o suficiente pra se sentirem superiores e consideram que ceder sexualmente aos machos da casa faz parte das obrigações domésticas das empregadas pobres e de origens etnicas diferentes (africanas, ciganas, de leste etc...)

Depois dos escândalos da pedofilia, vem à tona outro filão do descarrego sexual dos homens de bem... as empregadas domésticas. Não só na crônica mas em inumeros contos e romances, bem como músicas e telenovelas... isso ja foi publicitado muitas vezes... só a hipocrisia social, a impunidade absoluta e a ausência da consciência de direitos por parte das vítimas é q tapou esse sol com a peneira durante tanto tempo...

Espero jogar mais lenha nessa foqueira e que com isso se destape mais esse véu, e que mais essa sujeira debaixo do tapete patriarcal seja bastante visivel e suficientemente indigesta pra q alguma coisa seja feita de fato no sentido de se punir os abusos e estupros assim como garantir os direitos a essas cidadãs, na sua imensa maioria, muito pobre e miserável, de origens humildes, com baixa escolaridade e completamente fragilizadas de um ponto de vista social. Com medo de perder o emprego, ficam entre a cruz e a caldeirinha, sem saber se cedem ao patrão ou se depois ficam com as calças na mão se a patroa descobre tudo, pq claro, a culpa mais uma vez é da vítima... não é srs advogados do diabo???

obvio ululante tbm podia ser o titulo do post, afinal, isso é praticamente um delito muito comum nas mentes rodriguianas... tá aí o Pereio na capa q não me deixa mentir... a outra capa com a burguesinha toda boa tirando o biquini de certeza QUE NÃO TEM NADA A VER COM ISSO, NÉ?!

Ai, ai, e depois tem gente q acha q o patriarcado não existe...
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*Aposto q aindo posso ser processada por racismo, pois claro, não tenho olhos azuis...
...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

"Reacendeu-se a esperança"


A mãe adolescente de uma criança que a Justiça decidiu dar para adopção mostrou-se hoje "emocionada" e "muito feliz" com o apoio do director do Refúgio Aboim Ascensão, que defende que o caso deve ser reavaliado.

Ana Rita Leonardo, de 15 anos, disse à Agência Lusa que "agora reacendeu-se" a sua "esperança", agradecendo "produndamente" ao director da instituição onde se encontra o pequeno Martim, Luís Villas Boas, pelo apoio agora demonstrado.

"Agora está nas mãos da juíza e só espero que o Tribunal de Cascais seja compreensivo, que finalmente se sensibilize com o meu caso e, principalmente, que seja rápido", sublinhou.

A jovem mãe, que há três dias iniciou uma greve de fome, reafirma que se sente "mais madura e com todas as condições para criar o Martim".

Luís Villas-Boas assumiu-se, em declarações hoje ao jornal Expresso on-line, como o autor do relatório clínico que deu entrada no Tribunal de Cascais a defender a reavaliação das condições de Ana Rita para cuidar do filho, Martim, de dois anos e meio, institucionalizado no Refúgio Aboim Ascenção, no Algarve, desde os primeiros meses de vida.

"Fiquei sensibilizado com a forma como falava do filho, numa entrevista à rádio. Percebi que era uma jovem ponderada e não podia ficar indiferente ao seu pedido. Na minha condição de psicólogo clínico, decidi escrever ao tribunal propondo uma reponderação da mãe", defendeu Villas-Boas.

"Com quase 16 anos, esta jovem tem tudo a seu favor para ser uma boa mãe. Quero vê-la com o Martim ao colo", acrescentou.

No dia 26 de Fevereiro de 2007 as assistentes sociais de Cascais levaram o Martim para a instituição Refúgio Aboim Ascensão, em Faro, alegando que a Ana Rita não teria condições para cuidar do filho.

Em Julho de 2007 foi tomada a primeira decisão judicial de que o Martim iria ser dado para adopção, na qual a família recorreu com sucesso, mas a 20 de Dezembro de 2008, na última visita de Ana Rita, o Martim terá ficado emocionalmente perturbado e as visitas foram canceladas.

Há seis meses que Ana Rita não vê o filho e não tem notícias dele. A 21 de Maio foi informada de que o filho seria dado para adopção.

Fonte: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1265188&seccao=Sul

domingo, 31 de maio de 2009

Respeitem os direitos das crianças!!!

Um mundo feliz começa com uma infância plena de direitos e amor...
E o simples fato de todo ser humano nascer criança é motivo suficiente para lutarmos por uma infância mais feliz e livre de toda forma de violência... Pelas crianças desse planeta que ainda vivem na guerra e na miséria absoluta, bem como por aquelas q vivem em mundos artificialmente desenvolvidos mas carentes de simples carinho e brincadeiras...




Direitos da Criança

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Convenção dos Direitos da Criança




Como já deves ter ouvido falar, as Nações Unidas aprovaram uma lei chamada "Convenção sobre os Direitos da Criança". Essa lei tem 54 artigos que explicam cada um dos teus direitos.


Os artigos que não referimos aqui dizem, sobretudo, respeito à forma como os adultos e os governos devem trabalhar em conjunto para que todas as crianças gozem dos seus direitos.


ARTIGO 1º
Todas as pessoas com menos de 18 anos têm todos os seus direitos escritos nesta convenção.



ARTIGO 2º
Tens todos esses direitos seja qual for a tua raça, sexo, língua ou religião. Não importa o país onde nasceste, se tens alguma deficiência, se és rico ou pobre.



ARTIGO 3º
Quando um adulto tem qualquer laço familiar ou responsabilidade sobre uma criança, deverá fazer o que for melhor para ela.



ARTIGO 6º
Toda a gente deve reconhecer que tens direito à vida.



ARTIGO 7º
Tens direito a um nome e a ser registado, quer dizer, o teu nome, o dos teus pais e a data em que nasceste devem ser registados. Tens direito a uma nacionalidade e o direito de conheceres e seres educado pelos teus pais.


ARTIGO 8º
Deves manter a tua identidade própria, ou seja, não te podem mudar o nome, a nacionalidade e as tuas relações com a família e menos que seja melhor para ti. Mesmo assim, deves poder manter as tuas próprias ideias.



ARTIGO 9º
Não deves ser separado dos teus pais, excepto se for para teu próprio bem, como por exemplo, no caso dos teus pais te maltratarem ou não cuidarem de ti. Se decidirem separar-se, tens de ficar a viver com um deles, mas tens o direito de contactar facilmente com os dois.



ARTIGO 10º
Se os teus pais viverem em países diferentes, tens direito a regressar e viver junto deles.



ARTIGO 11º
Não deves ser raptado mas, se tal acontecer, o governo deve fazer tudo o que for possível para te libertar.



ARTIGO 12º
Quando os adultos tomam qualquer decisão que possa afectar a tua vida, tens o direito a dar a tua opinião e os adultos devem ouvir seriamente o que tens a dizer.



ARTIGO 13º
Tens direito a descobrir coisas e dizer o que pensas através da fala, da escrita, da expressão artística, etc., excepto se, quando o fizeres, estiveres a interferir com o direito dos outros.



ARTIGO 14º
Tens direito à liberdade de pensamento e a praticar a religião que quiseres. Os teus pais devem ajudar-te a compreender o que está certo e o que está errado.



ARTIGO 15º
Tens direito a reunir-te com outras pessoas e a criar grupos e associações, desde que não violes os direitos dos outros.



ARTIGO 16º
Tens direito à privacidade. Podes ter coisas como, por exemplo, um diário que mais ninguém tem licença para o ler.



ARTIGO 17º
Tens direito a ser informado sobre o que se passa no mundo através da rádio, dos jornais, da televisão, dos livros, etc. Os adultos devem ter a preocupação de que compreendes a informação que recebes.



ARTIGO 18º
Os teus pais devem educar-te, procurando fazer o que é melhor para ti.



ARTIGO 19º
Ninguém deve exercer sobre ti qualquer espécie de maus tratos. Os adultos devem proteger-te contra abusos, violência e negligência. Mesmo os teus pais não têm o direito de te maltratar.


ARTIGO 20º
Se não tiveres pais, ou se não for seguro que vivas com eles, tens direito a protecção e ajuda especiais.


ARTIGO 21º
Caso tenhas de ser adoptado, os adultos devem procurar ter o máximo de garantias de que tudo é feito da melhor maneira para ti.


ARTIGO 22º
Se fores refugiado (se tiveres de abandonar os teus pais por razões de segurança), tens direito a protecção e ajuda especiais.


ARTIGO 23º
No caso de seres deficiente, tens direito a cuidados e educação especiais, que te ajudem a crescer do mesmo modo que as outras crianças.


ARTIGO 24º
Tens direito à saúde. Quer dizer que, se estiveres doente, deves ter acesso a cuidados médicos e medicamentos. Os adultos devem fazer tudo para evitar que as crianças adoeçam, dando-lhes uma alimentação conveniente e cuidando bem delas.


ARTIGO 27º
Tens direito a um nível de vida digno. Quer dizer que os teus pais devem procurar que não te falte comida, roupa, casa, etc. Se os pais não tiverem meios suficientes para estas despesas, o governo deve ajudar.


ARTIGO 28º
Tens direito à educação. O ensino básico deve ser gratuito e não deves deixar de ir à escola. Também deves ter possibilidade de frequentar o ensino secundário.


ARTIGO 29º
A educação tem como objectivo desenvolver a tua personalidade, talentos e aptidões mentais e físicas. A educação deve, também, preparar-te para seres um cidadão informado, autónomo, responsável, tolerante e respeitador dos direitos dos outros.


ARTIGO 30º
Se pertenceres a uma minoria, tens o direito de viver de acordo com a tua cultura, praticar a tua religião e falar a tua própria língua.


ARTIGO 31º
Tens direito a brincar.


ARTIGO 32º
Tens direito a protecção contra a exploração económica, ou seja, não deves trabalhar em condições ou locais que ponham em risco a tua saúde ou a tua educação. A lei portuguesa diz que nenhuma criança com menos de 16 anos deve estar empregada.


ARTIGO 33º
Tens direito a ser protegido contra o consumo e tráfico de droga.


ARTIGO 34º
Tens o direito a ser protegido contra abusos sexuais. Quer dizer que ninguém pode fazer nada contra o teu corpo como, por exemplo, tocar em ti, fotografar-te contra a tua vontade ou obrigar-te a dizer ou a fazer coisas que não queres.


ARTIGO 35º
Ninguém te pode raptar ou vender.


ARTIGO 37º
Não deverás ser preso, excepto como medida de último recurso e, nesse caso, tens direito a cuidados próprios para a tua idade e visitas regulares da tua família.


ARTIGO 38º
Tens direito a protecção em situação de guerra.


ARTIGO 39º
Uma criança vítima de maus tratos ou negligência, numa guerra ou em qualquer outra circunstância, tem direito a protecção e cuidados especiais.


ARTIGO 40º
Se fores acusado de ter cometido algum crime, tens direito a defender-te. No tribunal, a polícia, os advogados e os juizes devem tratar-te com respeito e procurar que compreendas o que se está a passar contigo.


ARTIGO 42º
Todos os adultos e crianças devem conhecer esta Convenção. Tens direito a compreender os teus direitos e os adultos também.



Assim, pode-se dizer que o Dia Mundial da Criança serve para lembrar um grande problema mundial: o esquecimento dos direitos das crianças.

Retirado do site "Júnior.TE", veja sites favoritos.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Malandro é malandro, mané é mané...


Pra tentar entender pq os homens procuram mulheres fragilizadas, vítimas de violência, coitadinhas e masoquistas...
Qual será o tipo de perfil q podemos encontrar... entre os q agridem e os q se sentem atraídos por essas mulheres...

Conheça o perfil do agressor

* só enxerga as mulheres como uma propriedade ou como objeto sexual.
* tem baixa auto-estima e sente-se impotente e ineficaz no mundo. Ele pode aparentar um vencedor, mas sentir-se derrotado. Está sempre se esforçando pra ser o macho perfeito.
* tem dificuldade em confiar nos outros e teme perder o controle. Normalmente, vive isolado socialmente e não demonstra os sentimentos, senão de raiva.
* acredita q sua angústia emocional é causada por fatores externos. Justifica sua violência nas circunstâncias, como tensão, culpa da companheira, dia ruim, drogas e outros fatores.
* pode ser agradavel e encantador entre períodos de violência e pode parecer muitas vezes ser "um sujeito muito agradável" para estranhos. Pode parecer ter dupla personalidade e/ou evitar repugnar conflitos ou discussões.
* acredita q o sucesso do relacionamento é de responsabilidade da companheira - se não deu certo o problema é sempre dela.

por Rubens Zaidan
Especial para o jornal A Cidade
(esse texto não podia ser copiado do site acima, mas acho q por motivos de interesse maior não deve ter problema fazer aqui a divulgação...)



Maus tratos e controlo coercivo

As mulheres experienciam mais essa vitimação do que os homens.
No nosso País, apesar do fenómeno começar a ter alguma expressão, os homens maltratados que recorrem às instituições são uma minoria.
Mais, os tipos de violência mais perpetrados pelo homem e pela mulher não são os mesmos.
O masculino exerce, predominantemente, violência sexual, maus tratos verbais e controlo coercivo.
Elas recorrem mais a estratégias emocionais abusivas.
É possível traçar um perfil do agressor?
Não há um perfil único. Contudo, os homens partilham algumas características: recorrem, habitualmente, a armas e já anteriormente praticaram actos de violência severa contra a companheira. Alguns são dependentes de substâncias (álcool, drogas). São usualmente muito isolados do ponto de vista social.


Rapazes mais agressivos

A psicóloga Susana Lucas estudou, no ano de 2003, a agressividade nas relações de namoro em 925 adolescentes, 359 dos quais rapazes e 566 raparigas, divididos em duas faixas etárias - dos 12 aos 14 e dos 15 aos 17 anos. Concluiu que os rapazes recorriam mais à agressão física - apalpar ou mesmo beijar à força - do que as raparigas que usavam mais a violência verbal, como insultar e humilhar.
não há perfil do agressor
Para a investigadora Susana Lucas, do Instituto Piaget, não existe um perfil da vítima e do perpetuador. Pode-se, sim, referir que "existem preditores, nomeadamente, a observação de agressões parentais, classe sociais baixas, uma estrutura/ambiente familiar com pais divorciados, alcoólicos e/ou toxicodependentes, ou até desempregados". No entanto, a psicóloga crê que este fenómeno pode ocorrer em famílias de classe social elevada, com pais não alcoólicos. Também o psicólogo Rui Abrunhosa defende a inexistência de um perfil do agressor, embora afirme que os indivíduos de níveis socio-económicos mais elevados tendem mais a desenvolver agressões emocionais, ao contrário dos estratos sociais mais baixos, onde prevalecem as investidas físicas.


Pesquisa social feita pela equipe da
Vara Especial de Violência Doméstica
e Familiar Contra a Mulher do Maranhão


acerca das vítimas e autores da violência aponta perfil do agressor e vítima.
O relatório completo do estudo foi entregue à Corregedoria Geral da Justiça.Entre as informações apuradas destaca-se que a maior parte das mulheres que sofreram violência doméstica é jovem – tem entre 21 e 35 anos de idade. A maioria significativa (70%) é solteira, mas 36% mantinham relação estável com o autor da violência à época da denúncia. Em mais da metade desses casos, as mulheres apresentaram baixo grau de instrução, representado apenas pelo ensino fundamental ou mesmo inferior a este. Ademais, a maioria depende ou dependia financeiramente do companheiro.
O perfil do agressor, segundo a pesquisa,
é o homem entre 26 e 40 anos de idade,
sendo 71% solteiros. Destes,
36% eram companheiros das denunciantes,
com tempo de convivência variável entre 5 a 12 anos.
As profissões mais citadas foram as de motorista, pedreiro e vigilante, em ordem de ocorrência.
Em grande parte dos casos a agressão foi praticada por ex-companheiros.
Pelo constatado, mesmo após o término do relacionamento,
a mulher não está isenta da violência, pois o homem geralmente não reconhece o rompimento do vínculo conjugal e continua alimentando o sentimento de posse sobre a ex-companheira.
O relatório com os resultados também foi encaminhado à Presidência do Tribunal de Justiça do Maranhão e entidades maranhenses públicas e privadas de proteção à mulher. O juiz Moraes Rego informou que cópias serão enviadas à Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e ao Conselho Nacional de Justiça. A pesquisa envolveu processos distribuídos à vara até o dia 30 de junho de 2008, a fim de dar maior profundidade e ampliar o conhecimento sobre os atores envolvidos com as situações de agressão. A coleta das informações de 312 processos foi feita no período de agosto a novembro de 2008.O juiz ressalta que alguns dados foram surpreendentes e significativos. Esperava-se, por exemplo, que a incidência de bebidas alcoólicas e drogas fosse maior que o percentual de 44% entre os agressores. Da mesma forma, outro ponto pode refletir a nova estrutura da família ludovicense: a maioria das mulheres denunciantes possui apenas dois filhos.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Mulher de Malandro

Tenho tido na vida real algum contacto com mulheres vítimas de violência doméstica, e confesso q depois de tudo, e de receber apoio e ajuda, elas voltando para os agressores, perdoando tudo, colocando a culpa em alguma mulher da história e até suplicando pela volta do malandro... muito complicado isso, e pra não perder a lucidez e a vontade de ajudar, pq afinal, é muito mais grave do q pensamos...e muito mais difícil de sair de dentro da situação... mesmo com apoio exterior, pq há raizes profundas a prendê-las no sofrimento...

Tô tentando entender... e fui pesquisando...



Embora tanto os homens quanto as mulheres possam ter passado por experiências que predisponham para a síndrome masoquista, ela é mais comum nas mulheres, porque nelas, elementos culturais reforçam continuamente este comportamento. Embora as mulheres tenham conquistado mais autonomia em relação aos seus destinos, e maiores oportunidades para a realização pessoal nos últimos anos, o masoquismo feminino continua atuando de forma destrutiva, puxando o tapete sob elas.O problema do poder parece ser o centro do comportamento masoquista. É na família que a criança, inicialmente fraca e indefesa, toma o primeiro contato com medo do poder investido em outras pessoas. A mãe é grande e poderosa, e a maneira como ela exerce o seu poder nos cuidados com a criança é em grande parte responsável pela saúde psicológica do filho. Há muitas maneiras pelas quais os pais podem abusar de seu poder, além da agressão física. Se essas ações são repetitivas e continuadas, preparam o terreno para o masoquismo, minando a “confiança básica” da criança, aumentando nela a sensação de impotência e vulnerabilidade. O terror é o gatilho de qualquer transação masoquista. Na verdade o masoquismo é um mecanismo de defesa que através do dano auto-infligido procura evitar ou extinguir a agressão, real ou suposta, vinda de outras pessoas. A essência do masoquismo é a autopunição e a submissão à outra pessoa, e o sofrimento estabelecido como estilo de vida. Não se trata de maneira alguma de sentir prazer com o sofrimento, mas sim de não conseguir identificar alternativas não dolorosas para seu comportamento. Como o masoquista repete os processos destrutivos e dolorosos a exaustão, comete-se o erro de julgar que isso possa lhe dar algum prazer.




Se o que desejamos colocar em debate é o masoquismo moral das mulheres, acreditamos ser útil a referência ao pensamento de Emilce Bleichmar e a instigante questão que ela coloca em seu livro Sobre a sexualidade feminina – da menina à mulher : “Por que será que toda vez que nos defrontamos com o óbvio da freqüência da experiência da violência no cenário da história vivencial ou das categorias do simbólico, em vez de aplicar a tese do ominoso, do sinistro – tese clássica freudiana -: a duplicação pelo real do fantasma, como fator de importância na manutenção da angústia persecutória da mulher nas experiências sexuais, apela-se rapidamente ao enigmático?”
Para a autora, o masoquismo moral das mulheres (que ela também entende como formas defensivas contra a violência) não pode ser pensado sem que se leve em conta a presença da violência do simbólico que o institui, nem separado dos valores sobre o feminino, os ideais e mitos sobre a feminilidade. A partir de tal colocação convida-nos ao seguinte desdobramento: qual o efeito da hipersexualização do corpo feminino, que se tipifica e se propõe como um ideal (por exemplo, através das bonecas oferecidas para as brincadeiras das meninas, como Marilu e Barbie) e que tem um percurso isolado das vivências auto-eróticas e dos fantasmas sexuais, mas que tem que ser recriado na versão imaginária do ego corporal que vai se instituindo como pólo narcísico e simbolizante do ser feminino? Parece-me que esse tipo de questão é fundamental para não se universalizar a soldadura entre o masoquismo e as mulheres.